Liturgia Diária

Quem não tiver pecado atire a primeira pedra

Neste Evangelho, encontramos Jesus diante de uma mulher acusada de adultério. Ele não a condena, mas convida a uma vida nova, livre do pecado
Liturgia diária - Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra! - Jo 8,1-11
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5ª Semana da Quaresma – Ano Litúrgico – B

Liturgia do dia 18 de março de 2024

Façamos a oração do dia: Pai, tira do meu coração a maldade e a hipocrisia que me tornam juiz iníquo do meu semelhante, não me permitindo ver a necessidade de pôr em ordem a minha vida.

PRIMEIRA LEITURA:  Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62

Leitura da Profecia de Daniel.

Naqueles dias, 41c a assembleia condenou Susana à morte. 42 Susana, porém, chorando, disse em voz alta: “Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas e sabes tudo de antemão, antes que aconteça! 43 Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram contra mim! Estou condenada a morrer, quando nada fiz do que estes maldosamente inventaram a meu respeito!

44 O Senhor escutou sua voz. 45 Enquanto a levavam para a execução, Deus suscitou o santo espírito de um adolescente, de nome Daniel. 46 E ele clamou em alta voz: “Sou inocente do sangue desta mulher!”

47 Todo o povo então voltou-se para ele e perguntou: “Que palavra é esta, que acabas de dizer?” 48 De pé, no meio deles, Daniel respondeu: “Sois tão insensatos, filhos de Israel? Sem julgamento e sem conhecimento da causa verdadeira, condenais uma filha de Israel? 49 Voltai a repetir o julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram contra ela!”

50 Todo o povo voltou apressadamente, e outros anciãos disseram ao jovem: “Senta-te no meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus te deu a honra da velhice”. 51 Falou então Daniel: “Mantende os dois separados, longe um do outro, e eu os julgarei”. 52 Tendo sido separados, Daniel chamou um deles e lhe disse: “Velho encarquilhado no mal! Agora aparecem os pecados que estavas habituado a praticar. 53Fazias julgamentos injustos, condenando inocentes e absolvendo culpados, quando o Senhor ordena: ‘Não farás morrer o inocente e o justo!’ 54 Pois bem, se é que viste, dize-me à sombra de que árvore os viste abraçados?” Ele respondeu: “À sombra de uma aroeira”.

55 Daniel replicou: “Mentiste com perfeição, contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus, tendo recebido já a sentença divina, vai rachar-te pelo meio!” 56 Mandando sair este, ordenou que trouxessem o outro: “Raça de Canaã, e não de Judá, a beleza fascinou-te e a paixão perverteu o teu coração. 57 Era assim que procedíeis com as filhas de Israel, e elas por medo sujeitavam-se a vós. Mas uma filha de Judá não se submeteu a essa iniquidade. 58Agora, pois, dize-me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?” Ele respondeu: “Debaixo de uma azinheira”. 59 Daniel retrucou: “Também tu mentiste com perfeição, contra a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus já está à espera, com a espada na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!”

60 Toda a assistência pôs-se a gritar com força, bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam. 61 E voltaram-se contra os dois velhos, pois Daniel os tinha convencido, por suas próprias palavras, de que eram falsas testemunhas. E, agindo segundo a lei de Moisés, fizeram com eles aquilo que haviam tramado perversamente contra o próximo. 62 E assim os mataram, enquanto, naquele dia, era salva uma vida inocente.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

SALMO 23(22) 

— Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.

— Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo.

— O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.

— Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança!

— Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo; com óleo vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.

— Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.

EVANGELHO: Jo 8,1-11

— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.

— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. De madrugada, voltou de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram uma mulher surpreendida em adultério. Levando-a para o meio deles, disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?”

Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. Como persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. E tornando a inclinar-se, continuou a escrever no chão.

E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a mulher que estava lá, no meio, em pé. 10 Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11 Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais”.

— Palavra da Salvação.

— Glória a vós, Senhor.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Eles perguntavam isso para experimentá-lo e ter motivo para acusá-lo.” Não perguntaram por que queriam saber. Não perguntaram por não saberem o que fazer com uma mulher adúltera. Perguntaram, diz o texto, para testar Jesus, para provocá-lo e terem motivo para acusá-lo, porque, até então, não tinham motivo sério para acusar Jesus. Sabiam que a Lei de Moisés mandava apedrejar as adúlteras, assim como sabiam que de Jesus não sairiam pedras contra ninguém. Saiu, porém, uma boa pedrada quando pediu que atirasse a primeira pedra quem não tivesse pecado. Ninguém era sério por ali. Começaram a afastar-se, a começar pelos mais velhos, que com a idade acumulavam mais pecados. “Ninguém te condenou? Eu também não te condeno

LEITURA ORANTE

Oração Inicial

Deus de infinita misericórdia, neste momento de oração, abrimos nossos corações para acolher a tua Palavra. Que a luz do Evangelho nos guie e inspire a vivermos a tua misericórdia com amor e compaixão.

Leitura (Verdade)

Neste Evangelho, encontramos Jesus diante de uma mulher acusada de adultério. Os escribas e fariseus, ávidos por condená-la, a colocam diante de Jesus, buscando uma resposta que os justificasse em apedrejá-la.

Ao invés de se apressar em julgar, Jesus se inclina e escreve no chão, demonstrando desapego à condenação e convidando à reflexão. Ao serem confrontados com a própria pecaminosidade, os acusadores se retiram, um a um.

Sozinho com a mulher, Jesus demonstra misericórdia e compaixão. Ele não a condena, mas a convida a uma vida nova, livre do pecado.

Meditação (Caminho)

Em que situações me coloco como juiz dos outros?
Como a misericórdia de Jesus me convida a acolher e perdoar?
Que passos posso dar para me libertar do pecado e viver uma vida nova?

Oração (Vida)

Senhor Jesus, que tua misericórdia me ensine a acolher e perdoar com amor. Que eu aprenda a me ver com compaixão e a me libertar das amarras do pecado. Que, a exemplo da mulher do Evangelho, eu possa viver uma vida nova, guiada pela tua luz.

Contemplação (Vida e Missão)

Imagine a cena do Evangelho: Jesus escrevendo no chão, os acusadores se retirando, o olhar misericordioso de Jesus sobre a mulher.
Silêncio: Permita-se ser tocado pela misericórdia de Deus.
Palavras: Escolha uma palavra do Evangelho que te inspire e reflita sobre seu significado.

Bênção

Que a misericórdia de Deus Pai, o amor de Deus Filho e a graça de Deus Espírito Santo estejam com todos nós. Amém!

Homilia Dominical