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O autoconhecimento é um caminho que nos leva a olhar para dentro de nós mesmos, a reconhecer nossos dons e talentos, como também os pontos que precisam ser melhorados
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“Fácil é conviver com os outros; difícil é conviver consigo mesmo”
Certa tarde, na praia, eu admirava o mar. Ele era tão imenso, profundo e belo! O mar tem seu próprio temperamento. Às vezes, é tão calmo; outras, tão agitado. Por isso, acredito que ele se parece com as pessoas de alguma forma.
A imensidão azul do ser humano se reflete em um céu bordado pela sua inteligência, por cada átomo que o compõe e pela sua mente repleta de mistérios. Sua profundidade está em seus sentimentos, em sua história, enfim, em sua essência. Sua beleza são os segredos sobre si, revelados a cada dia, que fazem as pessoas melhores, mais sábias e felizes. Porém, poucos são aqueles que buscam entender cada grão de areia que compõe a sua praia; mal sabem o quão importante é entender a si mesmo. Hoje, a sociedade é levada pelas ondas do consumismo e do culto ao corpo, que incentivam a viver de fora para dentro.
Por causa desse desconhecimento, os desafios da vida parecem ser mais complicados e, então, a ressaca do mar de emoções surge sem explicação. A frustração, a insatisfação e o desânimo afogam a possibilidade de ver as coisas de outro modo.
Compreender a si próprio não se restringe somente a uma qualidade de vida melhor, mas também capacita o indivíduo a interagir melhor com o mundo e a descobrir o sentido de sua vida. “O autoconhecimento é um caminho que nos leva a olhar para dentro de nós mesmos, a reconhecer nossos dons e talentos [recebidos de Deus] e também os nossos limites, fraquezas e os pontos que precisam ser melhorados” (Manuela Melo, missionária da Canção Nova).
No entanto, somos incapazes de nos decifrarmos sozinhos. É necessária a ajuda do Criador, pois Ele conhece cada gota que está no mar do nosso ser. Logo, a religiosidade é ótima para auxiliar o autoconhecimento. Orações, visitas constantes (mesmo que breves) à igreja, a busca pela Eucaristia, entre outras ações, permitem o contato com Deus que, com Seu amor infindável, mostra os nossos erros e como devemos nos corrigir. Pode-se procurar também pela ajuda sacerdotal, por profissionais competentes e especializados no assunto, diretores espirituais e pela própria autorreflexão.
O filósofo Blaise Pascal é sagaz em suas palavras: “É indispensável nos conhecermos, mesmo se isso não bastasse para encontrarmos a verdade, seria útil, ao menos para regularmos a vida, e nada há de mais justo”.
Lembremo-nos de que o autoconhecimento é um processo. Não será de uma hora para outra que aprenderemos a administrar o nosso jeito de ser. Um grande exemplo são os idosos. Com certeza, o tempo lhes conferiu sabedoria e paciência para aprenderem sobre si. Fácil é conviver com os outros; difícil é conviver consigo mesmo. E para aqueles que são aventureiros, aí está um dos maiores desafios da vida.
Thiago Thomaz Puccini
destrave.cancaonova.com
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