O gosto de Deus

Reflexões para o aprendizado do Ano Litúrgico

Estudo detalhado sobre o Pentecostes para ajudar o catequista preparar o encontro de catequese e aumentar o seu conhecimento, esse texto aborda o tema: O gosto de Deus

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É uma grande graça conhecer o Senhor. Na Bíblia, "conhecer o Senhor" não é uma atitude intelectual, mas sim um conhecimento como o das crianças. Não é verdade que as crianças conhecem tudo com a boca? Elas logo levam as coisas à boca. O conhecer da Bíblia é saborear, sentir o gosto. Portanto, conhecer a Deus é sentir o gosto de Deus. O Senhor nos dá a grande oportunidade de aproximar-se d'Ele e saboreá-Lo. Saborear como o Senhor é bom, saborear como o Senhor, realmente, é íntimo nosso. A Igreja, graças a Deus, nos dá essa possibilidade.

Eu fui muito cedo para o Seminário. Eu conhecia Jesus pelas orações, pelo ensino religioso, mas fui ter uma experiência pessoal no último ano de seminário, antes de me ordenar. Foi uma grande graça para mim. Foi em Mariápolis, em 1964. Você deve estar pensando: "Só um ano antes de se ordenar é que você foi ter uma experiência pessoal com Jesus?" Sim! Numa noite, abri meu Novo Testamento e dei com meus olhos justamente naquela pergunta que Jesus fez a Pedro e aos demais apóstolos: "E vós, quem dizeis que eu sou?" (Mt 16,15) Na verdade, era Jesus mesmo perguntando-me: "E você, Jonas, quem diz que Eu sou?" Ali, naquele quarto, aquela noite, aconteceu meu primeiro encontro pessoal com Jesus.

Certa vez, em um momento de grande dificuldade em minha vida, aconteceu a grande graça: um padre passou pela cidade em que eu estava e falou rapidamente a respeito do que Deus estava fazendo no mundo por meio da Renovação Carismática Católica. Isso aconteceu em 2 de novembro de 1971. Na verdade, não entendi muito bem o que eram o batismo e dons do Espírito Santo, mas eu quis, de todo meu coração, "aquele batismo no Espírito Santo". Senti que aquilo que os apóstolos receberam no início da Igreja, no dia de Pentecostes, era o que me faltava. Por isso eu sentia aquele vazio dentro de mim. O padre passou impondo as mãos sobre os sacerdotes que estavam na sacristia após a missa. Quando ele as impôs sobre mim, não senti nada de especial. Não senti calor, nem frio... mas, aquela noite, senti que algo havia mudado: comecei a orar como nunca havia orado antes em minha vida.

Na manhã seguinte, quando acordei, parecia que tudo estava diferente. Comecei a ter, principalmente, mais intimidade com o Senhor. Eu amava o Senhor, trabalhava para Ele, mas, a partir daquele dia, o Senhor passou a me ser intimo e comecei a saboreá-Lo. Parecia até que eu lia a Bíblia com a língua, tal o sabor que vinha daquelas palavras. Tudo começou a mudar, especialmente minha pregação. Apesar de tudo isso, comecei a viver uma experiência dolorosa e muito importante: a experiência dura de meu pecado. Não que fossem grandes pecados, aquilo que eu pensava que fossem pecados leves começava a me incomodar, a ter peso em mim.

Depois de meu batismo no Espírito Santo, tudo começou a mudar. Até hoje não parou. Ainda não sou o que devo ser, o que Deus quer que eu seja, o que o povo de Deus espera e tem o direito de esperar que eu seja. Mas tenho certeza: não sou mais o mesmo que era. Isso não é mérito meu, tudo vem do Senhor. Eu devia fazer muito mais. Certamente deveria ter muito mais intimidade com o Senhor, mas graças a Deus, não sou mais o que era. Em tudo o que aconteceu, o Senhor me preparou para chegar até aqui, mas o grande dia, o dia "D" da minha vida, foi aquele 2 de novembro de 1971, quando recebi a graça do batismo no Espírito Santo.

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