Especial - A Bíblia
 
Marcos: Jesus é o Messias, o Filho de Deus
Enviado por: Eldécio Luiz da Silva
Cursando Teologia no Seminário Diocesano Nossa Senhora do Rosário
Diocese de Caratinga do regional Leste II Paróquia Divino - MG.
 
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O segundo Evangelho, na realidade o mais antigo, é tradicionalmente atribuído a Marcos. Ele escrevera – depois de ter sido discípulo de Barnabé e de Paulo – a catequese de São Pedro. Escreveu pouco antes da queda de Jerusalém em 70 dC, em Roma.

Marcos é original. Ele escreve um evangelho. Para ele o evangelho é Jesus presente atualmente onde ele é proclamado pela palavra da Igreja. Assim, o Evangelho é o anúncio que torna Cristo, morto e ressuscitado, atuante e presente.

Ele escreve o evangelho a fim de preparar a pergunta: “Que dizem os homens que eu sou?”, e dar os elementos de uma resposta de fé semelhante à de Pedro. Sua intenção é, portanto, uma proclamação de fé em Jesus, única possibilidade de salvação, e de aceitação do mistério do Reino de Deus.

Ao escrevê-lo, o escritor fez uma composição teológica, a fim de mostrar o sentido da pessoa e missão de Jesus. Sua proclamação, que visa como dissemos suscitar a fé, desenvolve-se num dinamismo bem arquitetado.

Assim se divide o Evangelho:

I – A proclamação inicial (1,1–13).
II – O poder de Jesus e a cegueira do mundo (1,14–3,6).
III – Parábolas e sinais diante da cegueira do mundo (3,7-6,6a).
IV – Atividade de Jesus entre os pagãos e cegueira dos seus discípulos (6,6b-) (8,26).
V – Revelação de Jesus aos discípulos que o seguem  ( 8,27-10,52).
VI – Paixão e ressurreição do Filho do Homem [ 11,1-16,8  (9-20)].

Em relação a origem do livro, por volta do ano 150, Pápias atesta a atribuição do segundo Evangelho a Marcos, intérprete de Pedro em Roma. O livro teria sido composto em Roma, depois da morte de Pedro ou ainda durante sua vida.

Admite-se comumente a origem romana do livro, depois da perseguição de Nero em 64. Disto podem servir de indícios certas palavras latinas grecizadas, várias construções de frases tipicamente latinas. Quanto menos o cuidado de explicar os costumes judaicos, de traduzir as palavras aramaicas, de frisar o alcance do Evangelho aos pagãos supõem que o livro se destina a não – judeus, fora da Palestina.

Quanto a Marcos, foi identificado com João Marcos, originário de Jerusalém (At 12,12), companheiro de Paulo e Barnabé (At 12,25; 13,5. 13; 15,37-39; Cl l4, 10) e, a seguir, de Pedro em Babilônia – provavelmente em Roma – segundo 1Pd 5,13.



 
 
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