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A ordem de São Silvestre Magno
Por: Padre Wagner Augusto Portugal
 
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As “Ordens Militares” nasceram motivadas pela necessidade de proteger os peregrinos cristãos nas suas movimentações em algumas regiões, em especial a Terra Santa; o que, naturalmente, envolveu combates com os muçulmanos.
Tendo as ordens militares como modelo, os monarcas europeus criaram diversas Ordens de Cavalaria.

Os Papas, como soberanos dos Estados Pontifícios, estabeleceram, no decorrer dos séculos, diversas Ordens de Cavalaria, estando dentre elas, a Ordem de São Silvestre Magno, que antes de 1841, era conhecida como “Ordem da Espora de Ouro” ou “Ordem da Milícia Dourada”, sendo uma das ordens mais antigas da Santa Sé Apostólica, sendo incerta a sua data de criação. A mais antiga concessão cujos documentos foram encontrados data de 14 de maio de 1539, quando o Papa Paulo II a conferiu à família Sforza.

Gregório XVI, pelo Breve “Quod hominum mmentes”, de 31 de outubro de 1841, manteve o nome da ordem, mas a pôs sob a proteção de São Silvestre Papa, reservando-se todas as faculdades para conferir esta honorificência. Procurando restaurar o esplendor e a antiga tradição da ordem, limitou o número de comendadores a cento e cinqüenta e o de cavaleiros a trezentos.

Em 7 de fevereiro de 1905, através do motu próprio “Multum ad excitandus”, São Pio X, reestrutura esta ordem, dividindo-a em duas classes de cavaleiros: uma que mantem o nome de “São Silvestre” e outra que retoma o nome  de “Ordem da Espora de Ouro” ou “Ordem da Milícia Dourada”.

A Pontifícia Ordem de São Silvestre Magno é uma das cinco ordens da Igreja Católica, sendo precedida pela Ordem Piana (ou de Pio IX) e pela Odem de São Gregório Magno, e tendo precedência sobre as ordens: de Malta e do Santo Sepulcro; podendo ser conferida tanto a homens, com a mulheres "católicos que tenham se dedicado ativamente à vida da Igreja, dinstinguindo-se, principalmente, no exercício da própria profissão e nas artes”, e raramente a não católicos.

A indicação de nomes a serem laureados é sempre feita pelos bispos diocesanos ou pelos núncios apostólicos. O Papa João Paulo II foi quem estendeu a concessão também às mulheres.

A honraria não implica nenhuma obrigação particular à Igreja, no entanto, manda o protocolo que sejam convidados a participar em grandes eventos de sua diocese, como a consagração dos Bispos, a ordenação de sacerdotes, e à introdução de um novo bispo em sua diocese e a sua posse canônica na Sé Catedral. Em tais ocasiões formais, estão obrigados a usar o uniforme da Ordem.

Esta Ordem possui quatro classes: Grã Cruz, Comendador com Placa de Estrela, Comendador sem Placa de Estrela e Cavaleiro.

Os privilégios anexos são: o uso do fardão preto, com colarinho, punhos, debruns e botões dourados, o uso do chapéu bicorne próprio, o uso da espada própria, o uso de luvas branacas, o uso da cruz de oito pontas, de ouro, com um cículo azul tendo ao centro a figura de São Silvestre Magno e no cículo a inscrição SANCT.

SYLVESTER P.M. em letras de ouro no anverso; e no reverso a tiara papal sobre duas chaves decussadas, com um cículo azul contendo a data da restauração do Papa Gregório XVI: MDCCCXXXXI e a data da reforma de São Pio X: MDCCCCV, sendo a cruz sustentada por fita de seda preta com três listras vermelhas estreitas.

Nesse sentido a Igreja centenária da Campanha, acolhendo o parecer favorável do Conselho Presbiteral e do Colégio dos Consultores, fez rogos ao nosso Venerando Pastor e Pai, Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, OFM, que suplicasse ao Soberano Pontífice Romano conceder a um diocesano, o fiel Professor Francisco Carlos de Figueiredo, a Ordem de São Silvestre Magno, no grau de Cavaleiro.

O Decreto do Pontífice Máximo Bento XVI concedendo a Comenda e o Título de Cavaleiro ao Professor Francisco Carlos de Figueiredo data de 04 de agosto de 2010 e foi assinado por SRE o Cardeal Tarcísio Bertone, Secretário de Estado.

Na comunhão eclesial, da gratidão aos serviços prestados pelo Cavaleiro Francisco Carlos de Figueiredo, à Diocese da Campanha, nesta sexta-feira, dia 21 de janeiro de 2011, lhe será conferida a Cruz da Comenda e as insígnias anexas sob a presidência de SER Dom Frei Diamantino Prata de Carvalho, em Solene Eucaristia, celebrada na Igreja Matriz do Divino Espírito Santo, em Eloí Mendes, MG.

Rezemos pelo novo Cavaleiro,  que tendo demonstrando fidelidade a Cristo e a Igreja, continue a trabalhar pela dilatação do Evangelho de Jesus Cristo no Sul de Minas, particularmente, pelo seu valoroso trabalho de preservação histórica, artística e cultural da vida eclesiástica de sua amada Elói Mendes.



 
 
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