Colunas
 
A Catequese “Completa”
Por: FERNANDO LOPES
Arquidiocese de Cuiabá - MT
Coord.Pastoral da Catequese / Ministro Extraordinário da Palavra de Deus / Ministro Extraordinário da Comunhão Eucarística
Email: fernando9183@gmail.com
 
Leia os outros artigos
 

Dias atrás estava eu preparando um encontro para os pais e fiquei  imaginando o que seria interessante falar para eles. Não queria fazer aquela reunião chata, onde só há cobrança, mesmo sabendo que é necessário, mas não queria que eles se sentissem pressionados, sabatinados, obrigados há alguma coisa. Então conversando com Jesus recebi uma iluminação Divina para conversar com eles sobre a completude da catequese.

Fui para o encontro com os pais e deixei claro que estávamos ali para conversar, para nos conhecer e discutir sobre a catequese, os filhos, a família, etc. Dessa forma, comecei perguntando o que era para eles a catequese, o que significava? Alguns disseram que servia para educar na fé, outros disseram que servia para ensinar doutrina, um disse que era pra crismar e assim o assunto discorreu.  Depois perguntei pra eles o que eles esperavam da catequese e para a surpresa deles mesmos, as expectativas não correspondiam com o conceito de catequese que eles mesmos tinham.

Porque querer que o filho se converta, somente ensinando doutrina, não é possível. É preciso muito mais que teoria pra se converter o coração de alguém. E era o que eles disseram que esperavam.
Percebi que essa era a porta pra eu poder explicar o que era a catequese completa.

Catequese completa é a catequese que deveria começar em casa. Mas isso não acontece mais. Os filhos não têm mais nenhuma orientação religiosa.

Eu quando era pequeno, tive com minha mãe instrução religiosa, mesmo ela não tendo muita, mas me ensinou que existia um Deus, me mostrou a Bíblia, mesmo sendo uma evangélica, que talvez nem ela mesmo sabia que era. Mas ela me ensinou a rezar, rezou comigo quando era pequeno.

Hoje nem isso os pais fazem. Dizem que não tempo, e não duvido que não tenham mesmo, só que tudo é uma questão de prioridade. E pelo jeito a salvação dos filhos não é prioridade para os pais.

É mais prioridade a faculdade, os cursos, o balé, a computação, o curso de inglês. A igreja a gente resolve quando precisar casar!

Bom, percebi que eles perceberam a necessidade de estarem inseridos no contexto catequético. Hoje não podemos mais querer ser “continuidade” da catequese dada pelos pais. Hoje devemos iniciar um trabalho com amor e carinho e insistir com os pais que eles continuem isso em casa. Uma hora e meia ou duas horas de catequese semanalmente não conseguem competir com o resto da semana que eles têm em casa.

Por isso, catequistas, sempre insistam com os pais para participarem da catequese junto com os filhos, fazendo seu papel em casa. Incentivando, aprendendo junto, compartilhando do que vivenciaram, isso é fundamental para o trabalho do catequista. Lembre-se: catequista não faz milagres!

Bom seria se os pais participassem mais, aí sim nossa catequese seria completa!

 
 
xm732