Comunidade de servidores! |
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG. |
|
Leia os outros artigos |
|
Para enviar esse texto automaticamente no FACEBOOK, clique no botão abaixo: |
|
Você tem muitos amigos e envia e-mails para todos? Então
você pode enviar esse artigo para todos seus amigos de uma única
vez, basta copiar a url abaixo e colar
em seu e-mail. |
Para enviar manualmente, copie CTRL C o c�digo acima e cole CTRL V no mural ou mensagens de e-mails dos seus amigos:
|
Leia os outros artigos |
|
Neste domingo a Liturgia pascal nos coloca diante da comunidade eclesial e do seu relacionamento entre os seus membros.
Todos nós sabemos que os ministros ordenados são divididos em três graus: diaconado, presbiterado e episcopado. Na primeira leitura, retirada dos Atos dos Apóstolos 6,1-7, estamos diante de uma controvérsia entre os judeus e os gregos. As viúvas dos gregos reclamavam que não eram atendidas pela caridade da comunidade como as viúvas de origem hebreia. Para resolver este impasse o Colégio Apostólico, tendo invocado o Espírito Santo, instituiu o diaconado que tinha como função primordial atender aos pobres e fazer a caridade para com estes e os doentes.
Observamos, muitas vezes, que os diáconos se preocupam apenas com o serviço do altar, o que também lhe é afeto, mas poucas vezes estão envolvidos naquilo que é o fundamental de seu serviço que é ser a manifestação da caridade da Igreja. Peçamos a intercessão dos sete primeiros diáconos: Estevão, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timon, Pármenas e Nicolau de Antioquia para que a caridade seja vivenciada e levada pelos nossos diáconos a todos os que dela necessitam.
A Igreja, segundo São Pedro, é formada pelas pedras vivas que somos todos nós e que completamos o edifício espiritual que é Nosso Senhor Jesus Cristo(cf. 1Pd 2,4-9). Por isso não basta apenas participarmos, piedosamente, da Santa Missa aos domingos. Devemos estar inseridos em nossas comunidades eclesiais e levar a Palavra de Deus para despertar todos aqueles que estão afastados ou mesmo ficam indiferentes à novidade sempre nova do Evangelho da Vida.
Jesus se auto intitula como "caminho, verdade e vida"(Jo 14,6). Jesus é o caminho porque Ele é o único mediador da Salvação. Jesus é a verdade porque é o Revelador do Projeto de Deus. E, por fim, Jesus é a vida porque, como Salvador somente Ele pode nos dar a vida que vem do Pai: "Ninguém pode chegar ao Pai senão por mim".
Nestes tempos de mudança de época, em que a Igreja é chamada a desenvolver o seu viés ministerial, infelizmente observamos ainda muitas pessoas atrasadas e autoritárias querendo retornar o pré Concílio e colocar a ênfase eclesial na chamada "sagrada" hierarquia. De Sagrada muitos hierarcas não tem nada, porque vivem como mundanos despudorados em perseguir clérigos e leigos como se fossem o próprio Deus. Todo ministério ordenado na Igreja nasceu para o serviço generoso e gratuito de pregar a Palavra de Deus e ser dispensadores da misericórdia, do perdão e da acolhida indistinta de todos, particularmente dos pecadores.
Somos, por isso, convidados a viver em comunidade. Comunidade que significa comum unidade que, pela graça de Deus, nos conduz a comunhão fraterna e solidária, dando testemunho de Cristo, descobrindo a cada dia a verdade do Pai que nos revelou e nos convida a aceitar, não a "sagrada hierarquia", mais o seu amor misericordioso.
|