Ser bondoso é a meta do Bom Pastor! |
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG. |
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O quarto domingo da Páscoa é sempre dedicado a figura do Bom Pastor. Jesus Cristo é a figura do Bom Pastor, prefigurada no antigo testamento, e realizada plenamente no Redentor.
O príncipe dos Apóstolos, São Pedro, nas leituras inaugurais da missa deste domingo nos convida a transpor os umbrais da Porta Santa. Para que a passemos somos convidados a escutar a voz do Sumo Pastor. E isso exige de nós duas atitudes: a primeira a conversão sincera e a segunda o pedido do Batismo para se fazer companheiro de Jesus e viver o preceito básico para ser cristão: fazer o bem, como nos ensina o Salmo "O Senhor é meu Pastor, nada me faltará". (Sl 22)
Neste domingo a Igreja nos convida a entrarmos profundamente no que pede Jesus, o Bom Pastor. A sua missão é conduzir os homens para os prados verdejantes. O Pastor é um homem terno. Ternura é o oposto de truculência, de perseguição, de controle como se fosse um ditador, um carrasco e não um pai. Ninguém escutará voz de comando, militar, mais a voz suave do bom pastor que nos dá a segurança de ir ao encontro do Senhor.
São muitos os lobos aos nossos olhos. Jesus é o bom pastor que conhece as suas ovelhas e as chama pelo nome. Ele dá a sua vida pelas suas ovelhas. O bom pastor é aquele que ama, acolhe, corrige, dá novos rumos.
Quando vemos uma pessoa na beira do precipício qual deve ser a nossa atitude? Evidentemente o Bom Pastor vai salvar este que vive em perigo e jamais vai jogá-lo no precipício.
Vimos, infelizmente, maus pastores que querem apenas destruir as suas ovelhas. O grande e santo Arcebispo de Uberaba, nosso querido amigo Dom Aloísio Roque Oppermann, escreveu que o “mal pastor é como o psicopata, que tudo faz para destruir aquele que o incomoda”.
Sim há muitos lobos em pele de cordeiro que não anunciam a Jesus e nem conduz a ouvir a sua voz, mais anunciam a si mesmo e se escondem nos “paramentos bonitos e chiqques” para que a sua “invidia”, a sua desfaçatez não seja descoberta.
Precisamos de pastores que tenham o cheiro do povo. Por isso a Porta permite a passagem dos donos da casa e impede o ingresso dos estranhos: Quando a porta é fechada é para proteger as ovelhas dos assaltantes; quando é aberta o pastor vai à frente, para conduzir as ovelhas às pastagens.
A grande novidade da liturgia de hoje, e o Papa Francisco tem insistindo que não quer bispos príncipes ou doutores, mais pastores, é que toda autoridade na Igreja é exercida de maneira gratuita, generosa e com diálogo, sem os ranços de que “eu mando”, “eu sou o bispo” com o dedo indicador em pé, sempre autoritário, sempre com a razão, acima de tudo e de todos, como se fosse superior, ou como se fosse o próprio Cristo.
A última frase do Evangelho deixa claro qual é a missão do Senhor: “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância”. Jesus é o Bom Pastor, e o Bom Pastor tem que ser bondoso, generoso, aquele que se doa, que ouve, que perdoa, que acolhe e que dá a sua vida em benefício de todos. Por isso no dia das mães, nada melhor do que agradecer a elas, como o Bom Pastor, apenas querem o bem, o sumo bem em favor dos que ela ama. Parabéns e as minhas preces vão por todas as mães, as do céu e as da terra, e por todos os padres que eu ordenei, bem como ao meu querido irmão, Dom Paulo Francisco Machado, que como meu bispo auxiliar e exemplo vivo de bispo santo, foi meu amigo para todos os momentos. A elas e aos meus padres, e ao querido Dom Paulo Francisco, meu afeto e a minha oração. “Não tenho ouro e nem prata”, mas posso oferecer-lhes as minhas honestas e justas preces, penhor de todo o bem querer, que nem a traça corrói e nem o mal pastor pode tirar.
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