O novo mandamento e a nova criação |
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG. |
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O texto dos Atos dos Apóstolos relata a missão de Paulo e Barnabé entre os pagãos. A missão itinerante de ambos visa encorajar os discípulos a permanecerem firmes na fé, apesar das perseguições e sofrimentos. A comunidade primitiva vai se organizando com o fim de cuidar daqueles que abraçavam a fé. A Igreja que nasce do mistério pascal de Jesus Cristo é impulsionada pelo Espírito Santo para fazer com que a Boa Notícia da salvação ultrapasse os limites de Israel: a “porta da fé” é aberta aos pagãos.
O evangelho do quinto domingo da Páscoa é a sequência imediata da última ceia de Jesus com os seus discípulos. A última ceia foi o lugar do gesto simbólico do lava-pés, em que os discípulos são chamados a tirar as consequências dos gestos para a própria vida e a imitar o Mestre.
Em Jesus, Deus revelou a sua própria glória. A glorificação do Filho está, em primeiro lugar, na sua paixão e morte por amor – esta é a glorificação de Deus pelo homem e do homem por Deus. É à paixão e morte que a glorificação se refere. Deus é glorificado na entrega do Filho por amor.
O mandamento do amor é a expressão máxima da vida cristã. Eis que ele é novo, uma vez que já se encontra prescrito pela Lei.
A identidade dos discípulos é dada pelo mesmo dinamismo que levou o Senhor a entregar-se por nós: “Nisto conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. A medida do amor fraterno é o amor de Cristo: “como eu vos amei”.
O amor não é uma idéia, nem se reduz a nenhum “sentimento”, mas é um movimento de entrega que faz o outro viver, que gera vida: “Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte”, A Igreja, “morada de Deus entre os homens”, deve ser a imagem do Deus que acolhe, que se entrega e faz viver plenamente.
O grande desafio do discípulo consistirá em perseverar no amor. As solicitações do egoísmo brotam de todas as partes e acabam por contaminar as relações na comunidade cristã. A comunidade contaminada pelo egoísmo é como um ramo seco.
É urgente que nos liguemos àquele que é a videira, para que possamos receber dele a seiva revigoradora que possibilita amar sempre mais e melhor.
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