O Evangelho chama José de homem justo, como eram chamados os antigos patriarcas de Israel. Ele, como aqueles, acreditava no amor de Deus paras com seu povo e a humanidade inteira, e esperava pelo cumprimento da promessa da salvação, de uma salvação que viria do alto. E agora se achava envolto em primeira pessoa nesta extraordinária aventura.
Os evangelhos de Mateus e Lucas nos falam de José na medida em que os acontecimentos de sua vida estão relacionados com o nascimento e a infância de Cristo; eles não tiveram nenhuma intenção de escrever uma biografia de José.
Mateus, querendo explicar a descendência davídica do Messias, escreve a genealogia de Jesus e conclui com estas palavras: “Jacó gerou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus chamado de Cristo.” Desse modo, o evangelista lhe assegurava a descendência de Davi, pois, para os hebreus, o que tinha valor era a paternidade legal.
Quando José soube que Maria esperava um filho, concebido sem a sua participação, não sabia o que pensar. Maria, por sua vez, não podia explicar, pois era muito grande o mistério. Como para ela, também para seu esposo era necessária uma luz divina. José, sendo um homem justo, não quis repudiar sua esposa e, antes de comunicar o acontecimento aos parentes de Maria, invocou a ajuda de Deus. Sua oração foi ouvida e ele escutou: “José, filho de Davi, não tenhas medo de receber Maria como tua esposa, porque aquele que foi gerado nela é obra do Espírito Santo. Eis que ela dará à luz um filho e tu o chamarás de Jesus.”
Agora que o véu do mistério estava um pouco descoberto, os dois cônjuges puderam passar a viver juntos e toda a sua existência foi dirigida para uma terceira pessoa: o filho que, vindo do alto, tinha vindo morar entre nós.
São José é o padroeiro da Igreja Universal, o advogado dos lares cristãos e o modelo dos operários.
Assim como Abraão e os patriarcas, José aguardava ansiosamente e cumprimento das promessas de Deus. Deus, entretanto, realiza suas promessas provando-o na fé. O próprio nascimento de Jesus não pode ser programado. O Menino nasce em um estábulo, em meio a animais, à margem da sociedade. Os que vêm prestar-lhe culto é gente estranha, moradores fora das fronteiras de seu pais. Não bastasse isso, Jesus é ameaçado de morte e José é obrigado a deixar a terra natal e fugir para o Egito. Ali, luta arduamente para sobreviver numa terra estrangeira, na clandestinidade. Aguarda o momento do regresso sem ameaças.
Enfrentou com amor todas as dificuldades para proteger a sua família. A sua figura é exemplo para nós de pai e esposo dedicado.
Não percamos a oportunidade de entregar a São José,Patrono de toda a Igreja, o pontificado que se inicia na pessoa do Papa Francisco. Que ele possa realizar a sua missão de abrir caminhos, construir e nos ajudar a sermos verdadeiro e autênticos anunciadores de Jesus Cristo, a começar pelo nosso testemunho de vida.
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