Profecia é amor |
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG. |
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Os seguidores de Jesus se reúnem para celebrar juntos a memória daquele que nos amou até as extremas consequências do amor: Jesus Cristo morto e ressuscitado, presente onde dois ou três se reúnem em seu nome. Os que se reúnem em nome dele buscam criar e expressar relações onde a única dívida a ser paga é a do amor, pois "amar é obedecer a Lei com perfeição". À luz da palavra de Deus, aprendem a praticar a justiça do Reino na comunidade, fazendo de tudo para salvar o irmão, pois a luta pela justiça é a carteira de identidade do profeta.
Quem são os profetas? Costumamos imaginá-los em um degrau acima de nós, dizendo fortemente o que devemos fazer. Mas, na realidade, não é assim Na comunidade cristã, somos todos profetas e, ao mesmo tempo, destinatários da profecia. Isto significa que a comunidade cristã não está dividida entre os poucos – que estão acima, que dizem aos demais aquilo que devem fazer, e outros, a maioria, que está abaixo e obedece.
O Evangelho do vigésimo terceiro domingo do Tempo Comum nos fala de uma comunidade que compartilha do mesmo Espírito. Os discípulos participam em igualdade de condições do culto, da oração, da tomada de decisões e na correção fraterna. O profetismo é, portanto, responsabilidade da comunidade e de cada um de seus membros. A profecia não é exclusividade de nenhuma pessoa na comunidade. Mas, para ser cristã, essa profecia deve levar em conta dois aspectos importantes.
Antes de tudo, a comunidade profética é, ao mesmo tempo, a primeira receptora dessa profecia. E isso nos deve fazer humildes. A palavra profética, a correção, nos guia para crescermos como indivíduos e como comunidade. Com humildade a ouvimos, acolhemos e tratamos de colocá-la em prática e, assim, transformar as nossas vidas para fazê-las crescer na cristandade. Inclusive, quando a profecia se dirige para fora da comunidade, é também profecia humilde e restauradora, porque a comunidade conhece muito bem as suas limitações.
Em segundo lugar, a profecia não tem sentido se não for concretizada em um contexto de amor. Profecia ou correção fraterna cabe apenas no contexto do amor: amor pelos irmãos e irmãs; amor pela humanidade, amor pela criação, amor sempre cheio de compaixão e de misericórdia.
Se acaso empregarmos a profecia contra algo ou alguém, não seremos profetas verdadeiramente e estaremos traindo o Espírito de Jesus.
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