A orientação básica de Paulo é esta: “Quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, tudo façam para a glória de Deus!”
Em outras palavras, Deus transparece, se manifesta e se torna presente em todos os gestos e ações da comunidade. Portanto, a ação de cada pessoa deveria ser ação responsável. Sabemos que Deus jamais pode ser confundido com ídolos. Todavia, nossas ações podem ser uma tentativa de manipulá-lo e se transformar em fonte de idolatria.
A ação da comunidade tem a ver com todos: os judeus estão de olho no modo como os cristãos agem; os pagãos também. A própria comunidade, a Igreja de Deus, dividida entre “fortes” e “fracos”, corre o risco de perder sua identidade de fermento na grande cidade.
Paulo recomenda que os cristãos de Corinto “não sejam motivo de escândalo, nem para os judeus, nem para os pagãos, nem para a Igreja de Deus!”.
Somos todos – judeus, pagãos, cristãos - chamados a uma vocação única, a da comunhão com o Deus vivo e verdadeiro. E isso se torna possível mediante a ação da comunidade: “Façam como eu, que em tudo procuro agradar a todos, não buscando o meu próprio interesse, mas o de todos, para que sejam salvos!” O interesse de todos não é o capricho de cada um em particular. Se assim fosse, o cristão perderia a sua identidade. O interesse de todos é o encontro de toda a humanidade com Deus, em Jesus Cristo. Essa é a glória de Deus. É isso que Paulo busca e nos ensina, sem descanso. E é a isso que a comunidade é chamada: “Sejam meus imitadores, como eu também o sou de Cristo”.
Procuremos evitar a festa. Vivamos o cotidiano, o dia a dia, sem fazer mal a quem quer que seja, sendo solícitos, mansos, puros, humildes, despretensiosos, fazendo para o outro o que Jesus fez por nós: doar-se por amor, na Cruz, totalmente, por amor e por caridade!
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