“Bendize ó minha alma!”
(Cf. Sl 103, 2) |
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG. |
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No centro da liturgia de hoje está a conversão que se dá através de um chamado: Moisés, Moisés! Deus lhe chama pelo nome. Moisés escuta e age, obedece. Os hebreus se põem em marcha no deserto.
A libertação se dá através de um chamado: Moisés, Moisés! Deus lhe chama pelo nome. Moisés escuta e age, obedece. Os hebreus se põem em marcha no deserto. Se põem em marcha no deserto. A libertação se dá.
Com Cristo obediente também nós obedecemos. Escutar a voz. Ser fiel, seguir, obedecer, converter-se, renunciar, desapegar-se, eis a realização da escuta convicta e fidencial.
Transcrevo aqui e faço minha a oração de Orígenes, o maior teólogo pré-constantiniano que expressa muito bem a liturgia deste Terceiro Domingo da Quaresma.
Possa esta Oratio ser vida em nossas vidas. Ei-la: “Senhor, olhando nossas misérias logo respondemos: Eis-nos diante de vós, porque sois o Senhor nosso Deus. Fomos chamados e respondemos: Eis-nos aqui diante de vós. Porque sois Senhor, sois o nosso Deus.
De fato, nenhum outro Deus reconhecemos: não o ventre, como os glutões, cujo deus é o ventre; não o dinheiro, como os avarentos, porque a avareza é a idolatria. Nenhuma outra coisa idolatramos. Vós, ó Deus, estais acima de todos e de tudo, por todos, em todos, e nós estamos ligados pela caridade que a nós vos une. Sim, a caridade nos une a Deus. Dizemos ainda: Eis-nos aqui diante de vós, porque, Senhor, sois nosso Deus”. – Orígenes, Das Orações dos primeiros cristãos, 64.
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