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Encontro com o Deus vivo para além da morte
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
 
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Alguns saduceus questionam Jesus. Eram homens que professavam uma religião muito tradicional, negavam a ressurreição e colaboravam com o governo. Por isso mesmo não eram admirados pelas pessoas comuns.

Jesus desmoraliza os saduceus(cf. Lc 10,27-38) apresentando o cerne das Escrituras: Deus é o Deus comprometido com a vida. Ele não criou ninguém para a morte, mas para a aliança com Ele, para sempre. A vida da ressurreição não pode ser imaginada como cópia do modelo de vida deste mundo.

A ressurreição é uma vida nova e distinta, uma vida de plenitude que dificilmente podemos compreender à partir de nossas realidades cotidianas. Jesus fala de Deus, como o Deus dos vivos, que dá garantia de vida eterna àqueles que n’Ele acreditam.

O que sabemos da outra vida é que ela será um presente de Deus e uma comunhão de ideais entre os fiéis que estão junto de Deus.

Nessas duas semanas, acolhendo ao honroso convite de meu irmão e pessoal amigo, o Exmo. Dom Orani João Tempesta, O. Cist, Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro, estou tendo a graça de ser o pregador do retiro das duas primeiras turmas do querido clero carioca. Alegria, primeiramente por estar com os sacerdotes, primeiros colaboradores da ordem episcopal. E, também, a alegria de dar um abraço de gratidão e de ação de graças ao muito que o Cardeal Eugênio de Araújo Sales fez e faz, pelo testemunho e pela comunhão eclesial, em favor da Igreja Católica. Para mim, pessoalmente, e para os padres retirantes renovo o convite para darmos uma parada para gastarmos o nosso tempo com Deus e conosco.

O retiro é um momento para uma entrega total e confiante ao Espírito Santo. Porque nós somos tirados da comunidade para servir à comunidade. Então, essa dimensão não pode sair nunca!Quanto mais simples formos no nosso ministério, mais próximos de Jesus estaremos e mais entrosados com o povo de Deus, razão primeira de nossa ação pastoral, que nos leva a um encontro permanente com o Deus Vivo para vencermos as amarras da cultura da morte, do ódio, da violência e, dentro da Igreja, da inveja e da disputa de poder.

Somente a fé, cultivada por cada um de nós, e a confiança num Deus, que é Pai e que criou maravilhas para a humanidade, poderá nos dar segurança e certeza de que fomos criados para a felicidade plena e eterna.



 
 
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