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Ser rico para Deus
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
 
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O ponto de partida da parábola de Jesus é um problema de herança. Era frequente, na época de Jesus que os doutores da lei assumissem o papel de juízes em casos similares. Mas Jesus se nega. A sua vida estava plenamente dedicada ao anúncio do Reino de Deus.

Jesus adverte-nos contra uma espécie de ganância que se constitui numa forma de idolatria que não mos deixa espaço para viver o ideal cristão: não se pode viver por Cristo e pelo próximo e, ao mesmo tempo, ser invejoso.

É comum acumularmos bens para nós mesmos, em prejuízo dos outros. Acontece que gastamos grande parte de nossa vida acumulando esses bens, ficando distantes de valores mais verdadeiros e reais. Enfim, tudo passa tudo morre. Só o amor permanece. Até a morte tem a sua glória quando vivemos comprometidos com a verdade.

O Evangelho (Lc 12,13-21) refere-se, nessa passagem, à ganância em matéria de dinheiro, mas há outras formas de ganância: a ambição de prestígio e de poder, o sexo e o prazer desenfreado. O exemplo do homem rico, que acumula riquezas, pode ser outra forma de ambição e ganância. A vida, afirma Jesus, não depende da abundância dos bens materiais.



 
 
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