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A oração do discípulo
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
 
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O que levou os discípulos a pedir Jesus para ensiná-los a rezar não foi tanto o discurso no qual Ele se pronuncia sobre a importância da oração, mas o impressionante testemunho de Jesus quando Ele mesmo reza.

Ao acabar de orar, seus discípulos pediram-lhe: “Senhor, ensina-nos a rezar.” Jesus não somente dá testemunho de oração e ensina seus discípulos a rezar; Ele também insiste no valor e no significado da oração em nossa vida.

Jesus, cuja morte e ressurreição celebramos em comunidade, é o Mestre que nos ensina a rezar. Por este texto de Lucas, sabemos que a oração é sempre eficaz, que nunca fica sem resposta.

Por que então não obtemos, às vezes, o que pedimos? É porque as promessas de Jesus em relação à oração são dirigidas, em primeiro lugar, à “vinda do Espírito Santo” para nosso crescimento na vida cristã, e muito mais secundariamente às coisas temporais; estas nem sempre são compatíveis com o Espírito Santo.

O testemunho de um cristianismo contemplativo, perseverando na oração é muito mais eficiente do que muitas palavras quando se quer transmitir a realidade de Deus aos outros.

Na Eucaristia, repetimos as palavras da única oração que deixou a seus seguidores: o Pai-Nosso. Rezando-o, compreendemos que a oração dos cristãos é estar em sintonia e comunhão com se projeto de vida e liberdade: “Pai, santificado seja o teu nome, venha o teu Reino...”

Nestes dias, aos pés da Virgem de Aparecida, a nossa Comissão Episcopal de Ensino Religioso da CNBB, com a honrosa presença de nosso querido irmão Dom Orani João Tempesta, nosso presidente, está reunida em Aparecida para estudar o ensino religioso e a sua inserção na educação dos nossos jovens. Rezemos, a oração que o Senhor nos ensinou, para que a Trindade ilumine as melhores decisões nesta importante ação evangelizadora e pastoral.



 
 
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