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A compaixão que dá vida
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG.
 
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Tomado metaforicamente, o episódio da ressurreição do filho da viúva de Naim é a concretização do programa de Jesus anunciado na sinagoga de Nazaré: “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me consagrou com a unção, para anunciar a Boa Notícia aos pobres, enviou-me para proclamar a libertação aos presos...” Na Galiléia, terra de gente empobrecida, Jesus realiza 14 dos 18 milagres relatados por Lucas em seu evangelho. Este é texto exclusivo de Lucas, ressaltando o tema tão apreciado da “misericórdia”.

A Eucaristia é festa de vida. A razão maior para celebrarmos em comunidade é a vitória de Jesus sobre a morte - a dele e a nossa: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição...” Eucaristia é a celebração da compaixão do Senhor. Ele quer nos tomar nos braços e ordenar-nos: “Jovem, levante-se!” Nós também queremos encher-nos de compaixão para bem celebrar a ceia do Senhor. Tomamos nos braços – e carregamos no coração – todos os que choram e necessitam de compaixão. A Eucaristia é a visita de Deus a seu povo, que celebra reunido.

Deus ama e quer a vida, e nós também devemos amá-la e querê-la.

Duas mulheres viúvas e dois jovens mortos nos sensibilizam e nos movem à compaixão. Se não nos movem à solidariedade, é porque não temos em nós os sentimentos que havia em Jesus Cristo.

Precisamos firmar, em qualquer atividade de nossa vida, seja ela religiosa ou simplesmente social, o nosso compromisso com o Deus que ama e quer a vida para todos.



 
 
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