Festa da Divina Misericórdia |
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG. |
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“Louvai o Senhor porque Ele é bom, porque eterna é sua misericórdia.”
Os apóstolos reuniram-se a portas fechadas, com medo dos judeus. Faltava-lhes fé e coragem. Foi então que Jesus apareceu e se pôs no meio deles. Ele cria uma nova humanidade, que nasce do Espírito do Cristo ressuscitado. A presença do Espírito Santo é sempre assinalada pela paz. É a divina misericórdia que vem em nosso auxílio porque sabe que somos frágeis e inseguros. Jesus ressuscitado está presente na comunidade, dando início à nova criação. Os cristãos sentem a sua presença na ação do Espírito que os move à implantação do Projeto de Deus na história.
Toda a nossa vida de cristãos está sob o sinal do Espírito recebido no Batismo e na Crisma, o nosso Pentecostes. Devemos amadurecer os “frutos do Espírito”: amor, paz, alegria, paciência, espírito de serviço, bondade, confiança nos outros, mansidão.
Não devemos esperar uma transformação milagrosa. O Espírito Santo age como uma pequena semente plantada em nosso coração: cresce lentamente, sem estardalhaço, mas produz frutos abundantes.
Diante das dificuldades, o risco de abandonar a fé é grande. Mas a comunidade, celebrando o memorial de Cristo, sente-o presente como aquele que é o Senhor da história e juiz universal.
Por isso, não deve temer, ao dar testemunho, mesmo que tenha de suportar as mais duras perseguições.
Os apóstolos, mais seguros com a presença de Cristo ressuscitado, souberam enfrentar, por causa do anúncio de sua palavra, o exílio e a morte.
Todos nós, fiéis católicos, que cremos nesta presença de Cristo entre nós (“E eis que estarei convosco todos os dias, até a consumação dos séculos”) devemos nos munir de coragem e força para viver e anunciar a Palavra ao mundo.
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