Indulgências para o Ano Paulino. |
Por: DOM EURICO DOS SANTOS VELOSO
ARCEBISPO EMÉRITO DE JUIZ DE FORA, MG. |
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Para que todos os nossos fiéis diocesanos pudessem gozar dos privilégios concedidos pela Santa Igreja, na celebração do Ano Paulino, houvemos por bem conceder esses salutares benefícios para quem cumprir as disposições, de acordo com o Enquirídio de Indulgências.
Pelo Decreto assinado no dia 24 de junho, em nossa Cúria Metropolitana, asseguramos o benefício que as indulgências proporcionam à santificação das almas durante o Ano Paulino, entre o dia 28 de junho de 2008 a 29 de junho de 2009, conforme o instituiu o Santo Padre Bento XVI, gloriosamente reinante. Por meio delas, pode-se, ainda, aplicar esses merecimentos às almas do Purgatório, “a remissão das penas temporais, seqüelas dos pecados” (cf. Catecismo da Igreja, 1498).
A concessão de indulgências é um dos tesouros contidos no Depositum Fidei, confiado por Nosso Senhor, que “se desenvolve na Igreja sob a assistência do Espírito Santo”, enquanto “a Igreja no decorrer dos séculos, tende para a plenitude da verdade divina, até que se cumpram nela as palavras de Deus” (cf. Dei Verbum, 8). Pelo “poder das chaves”, o Beatíssimo Padre concede-nos, pois, este ano, este benefício, que pretendemos estendê-lo aos fiéis da Igreja Particular de Juiz de Fora, de “modo que eles possam renovar e reforçar, com fervor ainda maior nesta piedosa e feliz ocasião, propósitos de salvação sobrenatural” (Dec. 25/2008).
A primeira condição para se lucrar as indulgências é o estado de graça, sem nenhum afeto ao pecado. Por isso, devem nossos amados diocesanos buscar a misericórdia divina no Sacramento da Penitência, participar da Santíssima Eucaristia e peregrinarem até uma das quatro igrejas onde se concederão as indulgências. Após a Visita ao Santíssimo Sacramento, deverão se dirigir ao altar-mor e rezar o Credo, o Pai-nosso e jaculatórias em honra da Santíssima Virgem e de São Paulo nas intenções do Santo Padre e do Arcebispo Metropolitano. Desta forma, ser-lhes-á concedida a Indulgência Plenária da pena temporal pelos seus pecados.
Na Arquidiocese de Juiz de Fora, esses benefícios podem ser obtidos na Sé Catedral Metropolitana, no Centro de Juiz de Fora; no Santuário Arquidiocesano do Senhor Bom Jesus do Livramento, na cidade de Liberdade; e no Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora das Mercês, em Mar de Espanha.
Pode-se privilegiar-se com esta concessão mais vezes, em benefício próprio ou pelas almas do Purgatório, desde que cumpridas as disposições necessárias de Confissão, Comunhão e as orações prescritas. Ressaltamos, entretanto, que a Indulgência Plenária só se pode lucrá-la uma vez por dia. Neste ensejo, reiteramos a solicitação que fizemos em nosso Decreto nº 25/2008 para que os Senhores Sacerdotes, especialmente os das três Igrejas onde se lucrarão os privilégios do Ano Paulino, estejam sempre prontos para receber os penitentes que busquem a graça da reconciliação por meio do Sacramento da Penitência.
Mas existem aquelas pessoas piedosas que, por enfermidade ou outro motivo, privam-se de se dirigir à Igreja. Reconhecendo, entretanto, sua disposição em participar dos benefícios que a Santa Igreja concede aos fiéis e “o propósito de cumprir as habituais condições logo que seja possível”, concedemos-lhes a Indulgência Plenária, desde que “se unam espiritualmente a uma celebração jubilar em honra de São Paulo, oferecendo a Deus as suas orações e sofrimentos pela unidade dos Cristãos”.
Unindo-nos, portanto, a todo o orbe, busquemos merecer as graças que Nosso Senhor nos concede, por meio da contrição e do afervoramento espiritual. Desta forma, fortalecer-nos-emos, mais ainda, para enfrentar os combates que este mundo nos reserva, apresentando-nos ao mundo como lídimos cristãos, sempre atentos às palavras do Santo Padre por ocasião da abertura do Ano Paulino: “O chamado a ser o mestre dos povos é ao mesmo tempo e intrinsecamente um chamado ao sofrimento na comunhão com Cristo, que nos redimiu mediante sua Paixão. Em um mundo no qual a mentira é potente, a verdade se paga com o sofrimento”. Estejamos, pois, prontos para, a exemplo de São Paulo, empenharmos-nos “por Aquele que nos amou e se entregou por todos nós”.
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