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Itinerário proposto
Por: DOM PAULO MENDES PEIXOTO
BISPO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO - SP
www.bispado.org.br
 
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A vida humana tem um destino, que está fundamentado na sua origem e que termina no ponto onde começou. Mas caminha dentro de um itinerário proposto pelo Criador, supondo discernimento e compromisso de realização na sua história.

A passagem pelo mundo é um fato temporal, que começa num determinado ponto histórico e termina em outro, podendo ter o privilégio de uma idade avançada ou não. É uma caminhada de desafios, de luzes e sombras, de coisas boas, de vitórias e dificuldades, e até de muitas quedas.

O nosso itinerário não pode ser de cegueira, de visão reduzida e fechada para as verdadeiras realidades que compõem a vida. Quem não toma consciência da profunda dimensão do mundo terreno e do dom da vida sobrenatural, acaba sendo absolvido pelas forças do mal.

Perdemos muito daquilo que envolve a amplitude da fé como compromisso de vida em Deus e de verdadeira realidade de libertação. Os diversos deuses do mundo levam a marginalizar e a esvaziar a riqueza do que torna a pessoa verdadeiramente humana e da fraternidade partilhada.

Onde fica o caminho do Mestre Jesus, que exige renúncia, fortaleza e coração aberto para os mais necessitados? É uma provocação que atinge o coração e o ser de todas as pessoas conscientes de sua missão. Só o Senhor é capaz de nos dar tranquilidade e segurança.

Muitas desgraças atingem o homem moderno, causando angústia, muitas tristezas e até a situação de morte. Em muitos casos ele se deixa levar pelas influências encantadoras e vazias de responsabilidade da cultura de hoje, deixando consequências desconfortáveis para a vida.

Aos bem intencionados cabe uma opção livre, mas radical, aquela de arriscar a própria vida, assumindo as implicações e os riscos de uma verdadeira fé, com palavras e ações de acordo com o que professamos.

Enfim, uma fé marcada pela força da solidariedade, pela pertinência da justiça e pelo respeito para com os direitos humanos. Isto está estancado no rosto das pessoas mais sofridas, marginalizadas e sem nome na atual cultura globalizada.



 
 
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